Franquias Inovam e Crescem 7% em 2018

Franquias/ Franchising

29/01/2019 às 16h02

Novos formatos de lojas e impacto do setor de serviços foram destacados pela Associação Brasileira de Franchising em seu levantamento anual

 Por Rafael Faustino em 22.01.2019 


mercado brasileiro de franquias teve um crescimento de 7% em 2018 sobre o ano passado, segundo a prévia divulgada nesta manhã pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). A alta leva em conta o faturamento nominal das redes, ainda sem o desconto da inflação, e representa uma leve desaceleração sobre o avanço de 8% observado em 2017.

A receita total do franchising ainda não foi divulgada pela associação. Mas, a julgar pelo número de R$ 163 bilhões obtido em 2017, pode-se estimar que o faturamento do ano passado ficou na casa dos R$ 174 bilhões.

O crescimento esteve “dentro da expectativa da entidade”, segundo a gerente de inteligência de mercado, Vanessa Bretas, que apresentou os números. No início do ano passado, no entanto, a ABF divulgou uma previsão de crescimento de no mínimo 8%.

A retomada do indicador de expansão (um crescimento de 5% na abertura de novas franquias, contra apenas 2% em 2017) e o desempenho em particular do setor de serviços foram citados como impulsionadores da alta do franchising brasileiro.

“Estamos passando por um processo de profissionalização dos serviços. As pessoas procuram mais cursos, qualificação, padronização, e tudo isso dá mais confiança ao consumidor. Antes, quando você ia a um mecânico, sempre se tinha receio, achava que está sendo roubado. Hoje, com mais redes internacionais no Brasil e maior concorrência, isso já acontece muito menos”, comentou André Friedheim, presidente da ABF.

Outro aspecto citado é a maior diversificação de formatos de operação. Além das lojas tradicionais, aparecem mais quiosques, serviços feitos a partir da casa do empreendedor, lojas dentro de lojas e dentro de universidades, por exemplo. “Os franqueadores estão preocupados em atender esses novos formatos, mas sem perder o DNA do negócio. É um avanço feito com cautela, mas que dá resultado”, apontou Friedheim.

caráter mais inovador das franquias brasileiras também foi citado. “Muitas vezes se pensa na inovação apenas como novas tecnologias, mas há diversos tipos de inovação em franquias em processos, gestão e acompanhamentos de pedidos, por exemplo. São mudanças no mindset do empreendedor e na forma de gerir os negócios”, observa Vanessa.

A ABF lembrou que fatores como a greve de caminhoneiros, Copa do Mundo e o período de eleições afetaram o desempenho da economia. Mas, mesmo assim, houve um desempenho positivo das franquias e há um “sentimento otimista” no setor.


Compras para a Black Friday ajudaram a empurrar o crescimento do franchising em 2018, segundo a ABF (Foto: Divulgação)

“Há uma retomada, um aquecimento do consumo, que se refletiu em uma boa Black Friday, um Natal positivo. Vimos que isso refletiu bem na área de franchising também”, comentou. O presidente André Friedheim referiu também a melhora dos índices de confiança dos empresários, que se reverteu em uma maior procura por franquias.

Outros números

Cresceu em 1% o número de redes atuando no ramo das franquias, com mais de 2,8 mil marcas ao todo. O número é puxado por “novas marcas brasileiras”, segundo Vanessa Bretas, e os segmentos são diversos. A House of Samsonite, de malas e equipamentos para viagens, e a Água Doce Express, de alimentos, foram citados como franquias de empresas que ainda não atuavam nesse canal, e agora estrearam nele.

Outro destaque foi a geração de empregos no setor. O número de pessoas empregadas cresceu 8% no ano passado, segundo a prévia da ABF, ocorrendo tanto em função da geração de novos postos tradicionais quanto nos modelos de contratação temporária e de contratos intermitentes – uma novidade trazida pela Reforma Trabalhista que recém-completou um ano.

Segundo o presidente da ABF, em média cada nova unidade de uma franquia aberta no Brasil gera oito novos empregos.

Previsão para 2019

A ABF espera que o crescimento do setor aqueça ainda mais durante este ano. O crescimento estimado para o ano é na faixa de 8% a 10%, enquanto o número de unidades deverá subir entre 5% e 6% e, o número de redes, 1%. A única desaceleração deve ocorrer na geração de empregos, com crescimento de 5%.

De acordo com o presidente da entidade, é grande a expectativa de que o franchising volte a crescer dois dígitos no faturamento – alto que não ocorre há três anos. “Há fatores econômicos que indicam essa possibilidade, como os juros menores e a maior propensão ao risco que os empresários estão tomando, obtendo, em contrapartida, retornos maiores dos investimentos.”

A gerente de inteligência de mercado da rede espera que o setor de serviços siga liderando a expansão do setor neste ano, e que os novos formatos de atuação sigam ganhando espaço.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios


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